Odebrecht anuncia novos planos para o Estaleiro Enseada
O Grupo Odebrecht
informou em nota ao Valor que não há planos para encerramento das atividades do
Estaleiro Enseada, que deveria construir seis das 28 sondas para a Sete Brasil
que foram encomendadas pela Petrobras em 2011. Está em análise o desenvolvimento
de outros negócios no local.
De
acordo a companhia, neste momento, há uma reestruturação do endividamento em
andamento, em função dos problemas derivados da Sete Brasil. Especificamente
sobre os contratos da Sete Brasil, a Odebrecht alega que continua
em negociação com a empresa, mas “em função das cláusulas de
confidencialidade que regem os contratos, a empresa
Enseada não pode se pronunciar sobre o assunto”.
Enseada não pode se pronunciar sobre o assunto”.
A
Odebrecht ressaltou que busca conquistar novos contratos para a atuação naval
offshore e, além disso, desenvolver “novas oportunidades que agreguem valor ao
ativo existente a partir de estratégia de diversificação do negócio”.
O
grupo afirma que o estaleiro representa “um importante ativo industrial” para
dar sequência a sua atuação no mercado de construção naval e offshore. “Enseada
também está plenamente capacitado a produzir navios para outros
segmentos além daqueles estritamente ligados à indústria do petróleo”,
informa a companhia na nota.
Conforme a nota, são
avaliadas ainda oportunidades para usar a estrutura e o espaço do estaleiro
para “atrair investidores de longo prazo” e desenvolver negócios na área
logística para armazenagem de combustíveis, “em face do crescimento
da demanda por combustíveis e da baixa perspectiva de aumento de oferta
nacional”, e de outros produtos. O objetivo é “potencializar” a atividade
portuária da Unidade Paraguaçu, dentro do estaleiro — terminais de uso privado,
cais e área de armazenagem.
O
grupo também considera usar a capacidade de fabricação e montagem do estaleiro
— desenvolvida para navios — para fornecer soluções integradas de engenharia e
construção para parques eólicos.
A
respeito da construção de submarinos pela unidade de defesa do grupo, a
Odebrecht afirma que “fica preservado o projeto dos submarinos, sob a gestão da
sua subsidiária Itaguaí Construções Navais (ICN)”.
Portos de Paranaguá e Antonina recebem investimentos de R$ 6,1
bi
Estão em fase de
conclusão as obras de modernização da área portuária do Paraná, que elevaram a
capacidade de embarque dos Portos de Paranaguá e Antonina e agilizaram o
escoamento da safra de grãos, beneficiando cidades com a economia voltada ao
agronegócio.
Os
investimentos de R$ 6,1 bilhões feitos em infraestrutura e gestão foram detalhados
pelo diretor comercial da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina), Lourenço Fregonese, no 12° Ciclo Paranaense de Palestras realizado
em Maringá na noite de segunda-feira (28). “Foram R$ 1 bilhão de recursos
públicos e R$ 5,1 bilhões da iniciativa privada”, explicou.
Os investimentos foram
feitos em armazéns, arrendamentos, leito de passagem e novas concessões. As
melhorias já concluídas aumentaram a capacidade de embarque do Porto de
Paranaguá em 33% e, após a conclusão das obras, o índice deve subir para 50%
“Os outros portos cresceram na nossa ineficiência e isso acabou agora”,
declarou o diretor.
Fregonese
destacou ainda a reforma na gestão interna, que baixou o custo em 35% e
agilizou os processos reduzindo o tempo de espera para carga e descarga.
O
plano de investimentos previstos pela Appa para os portos do estado prevê um
cenário até 2030. Para que se tenha uma ideia, neste período, a demanda de
movimentação de cargas no Paraná deverá saltar das atuais 45 milhões de
toneladas para 83 milhões de toneladas.
Queda do preço do petróleo abre nova oportunidade de negócios
Empresas ganham com a
desativação de campos não lucrativos
CINGAPURA
– Os preços baixos do barril de petróleo, que têm prejudicado empresas que prestam
serviços em campos de óleo nos últimos dois anos, podem estar começando a
recompensar algumas dessas companhias.
Isso
porque empresas como a Sinopec Oilfield Service e a Keppel poderão disputar US$
1 bilhão por ano em um novo negócio na Ásia, segundo relatório da firma de
análise industrial Wood Mackenzie: a desativação de campos que não são mais
lucrativos.
Mais
de 600 campos, a maioria na China, Austrália, Indonésia e Malásia, podem ser
fechados na próxima década.
A
desativação representa uma oportunidade para o setor para recuperar os negócios
após dois anos de demissões e cortes de custos, em função da queda em perfuração
e exploração causada pelo recuo do preço da commodity.
O índice da Bloomberg
que mede serviços de óleo e gás despencou 40% desde meados de 2014, comparado a
um ganho de 12% no S&P 500, índice de ações da Bolsa de Nova York.
—
Houve uma falta da atividade tradicional para empresas de serviço, como
perfuração e exploração — disse Andrew Harwood, diretor da Wood Mackenzie para
pesquisa na Ásia. — Talvez esta seja uma oportunidade para preencher as
lacunas.
Desativar
campos de petróleo pode ser simples como tapar um velho poço em terra ou tão
complicado como desmontar uma complicada infraestrutura submarina, explicou
Jean-Baptiste Berchoteau, analista da Wood Mackenzie.
Um
trabalho mal feito pode levar a vazamentos, causando danos ambientais por anos.
A maior parte dos campos desativados está produzindo pouco ou nenhum óleo,
então o processo não deve ter grande impacto na relação global entre oferta e
demanda de petróleo.
—
Haverá trabalho para todos — ressaltou Berchoteau. — O bolo é grande o
suficiente para muitas pessoas comerem dele.
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