segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

VAGAS DE EMPREGO 30/01

Produção Onshore será triplicada no Brasil, aponta governo



O governo quer que a produção onshore triplique no Brasil até 2030, alcançando a marca de 500 mil barris de petróleo extraídos por dia até lá. Essa é uma das metas traçadas pelo Programa de Revitalização da Atividade de Exploração  e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (REATE), lançado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em evento na Bahia nesta sexta-feira (27).

Apesar do evento marcado para divulgar o plano, as diretrizes esboçadas até agora ainda são um rascunho do que deverá ser o programa, cujo objetivo é, segundo o governo, criar sinergias entre os produtores, fornecedores e financiadores dessa atividade para aumentar a exploração e produção terrestre, com produção crescente e com pluralidade de operadores e fornecedores de bens e serviços. A versão detalhada deverá ser finalizada em março, indo a consulta pública em abril, para aperfeiçoamento em maio e submissão ao Conselho Nacional de Política Energética em junho.

No documento apresentado durante o evento, são elencadas as seguintes ações e os seguintes focos do programa: road-show das rodadas de licitação; sinergia com programa de desinvestimento da Petrobrás; definição de um calendário de oferta de novas áreas com mix apropriado de áreas a serem ofertadas; comercialização do óleo e do gás; alternativas de financiamento; adequação regulatória; exigências compatíveis ao nível de complexidade dos ativos terrestres; fomentar sinergias no processo de licenciamento ambiental dos estados; questões tributárias; levantamento da demanda e oferta de bens e serviços; atração de novos fornecedores; desenvolvimento tecnológico e questões tributárias.

O ministro Fernando Coelho destacou a relevância dos pequenos produtores e ressaltou que as centenas de empresas que atuam na produção onshore devem ser valorizadas, pois geram milhares de empregos no interior do país.
“Um poço que produz 2, 3, 5 mil barris ao dia, no interior do Nordeste, é tão importante quanto um poço do pré-sal que gera 50 mil barris ao dia”, disse, durante a cerimônia de lançamento.

Atualmente, a produção onshore no Brasil é de 143 mil barris de petróleo e 26 milhões m³ de gás natural por dia, em oito estados, que englobam 10 bacias sedimentares. Isso corresponde a 5,5% da produção nacional de petróleo e 23% da produção de gás, segundo dados da ANP, sendo que 23 empresas são responsáveis pelos 7.855 poços espalhados pelo onshore nacional, com uma média de 39 barris de óleo equivalente (petróleo e gás) por poço. Desse total, 96% da produção de petróleo e 70% da produção de gás são provenientes de operações da Petrobrás.


Na cerimônia de abertura do evento, participaram o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner; o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, Décio Oddone; o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Márcio Félix, dentre outros.Petronotícias

Empresa contrata Montador de Andaimes para trabalhar em Macaé


Empresa contrata Montador de Andaimes para trabalhar em Macaé
O montador de andaimes realiza atividades de montagem para permitir a execução de trabalhos de construção, manutenção e montagens nas partes elevadas das obras; modifica andaimes, alterando e ampliando armações, plataformas e outros elementos, para adaptá-los à progressão das tarefas.

Tendo em vista as funções a serem desempenhadas, empresa localizada em Macaé, no Rio de Janeiro, está contratando para as funções de montador de andaimes e encarregado de andaimes. Os candidatos devem possuir experiência mínima de 02 anos, curso CBSP, HUET, NR 11, NR 33 e NR 35. Os profissionais  devem residir em Macaé ou Rio das Ostras.
Os interessados enviar currículo para curriculo@lklservicos.com.br

Por que a Shell não desiste do pré-sal



No calendário de grandes tacadas do mundo corporativo, pode-se prever alguns grandes negócios no setor petrolífero neste ano. Pelo menos, para as empresas que arrematarem os blocos de exploração nos dois leilões do pré-sal que o governo federal promete lançar ainda em 2017. Na primeira rodada de licitações, realizada em 2013, ainda sob o regime de partilha de produção, que caiu após mudança regulatória no ano passado, o campo de Libra, na Bacia de Santos, acabou nas mãos de um consórcio formado por Petrobras (40%), Royal Dutch Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%).
Todas essas gigantes estão entre as favoritas, ao lado da norueguesa Statoil e das americanas ExxonMobil e Chevron – que ainda não mostraram grande apetite pelo pré-sal brasileiro –, para a segunda e a terceira rodadas. Segundo informações divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia, na terça-feira 17/01, a segunda rodada está prevista para o primeiro semestre e vai licitar áreas na Bacia de Santos e na Bacia de Campos. Dentre todas essas companhias, uma atenção especial deve ser dispensada à anglo-holandesa Shell, a terceira maior petrolífera do mundo, com US$ 265 bilhões de faturamento e lucro de US$ 2,2 bilhões em 2015, que pode ser a grande estrela do pré-sal.
Ben van Beurden, CEO da companhia desde 2014, esteve no Brasil em setembro passado, para um encontro com o presidente Michel Temer, e na ocasião deixou claras as suas intenções. Em conversa com os jornalistas após o compromisso, destacou que, depois de ter consolidado a presença na Europa, com a aquisição da inglesa BG Group, por US$ 54 bilhões, o Brasil havia se tornado um dos três países prioritários para a companhia. Atualmente, o País responde por 15% dos seus investimentos globais e 15% de sua produção total. Com os ativos da BG, a Shell, além de deter participação importante no campo de Libra, passou a ser dona de 25% do campo de Lula.
Com isso, também se tornou a maior sócia da Petrobras. “Mas é importante notar que nossa posição no Brasil está em campos de exploração jovens, então requer muito capital futuro para expandir o seu valor total”, disse van Beurden. A intenção não deve ficar só no discurso. O CEO anunciou que vai injetar US$ 10 bilhões nas operações brasileiras, entre 2017 e 2020. Isso considerando apenas os projetos já existentes, sem contabilizar áreas que pode adquirir nas novas rodadas de licitação. “Estamos cientes de que precisaremos repor nossas reservas aqui no Brasil para os anos 2020”, afirmou. “Vamos acompanhar também a possibilidade de expandir nosso portfólio na área de downstream (refinamento de petróleo cru e processamento de gás natural).”
O que chama a atenção é que essas afirmações aconteceram enquanto a companhia revê investimentos em todo mundo. A empresa reduziu o investimento planejado até 2020 para não mais do que US$ 30 bilhões por ano, cerca de US$ 5 bilhões a menos do que o plano anterior. E também anunciou que pode sair de até 10 países em que atua. Dessa forma, o foco está voltado aos projetos em águas profundas no Brasil e no Golfo do México. “A Shell é uma empresa que conhece muito bem o País. Está aqui há um século”, diz Adriano Pires, consultor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. “O pré-sal é uma área muito boa e a extração atual indica que tem mais produtividade do que se imaginava.”
E isso é especialmente importante num momento em que os preços do petróleo estão depreciados. Apesar de uma expectativa de alta este ano para uma cotação média de US$ 57 por barril de petróleo Brent, em comparação com os US$ 45 do ano passado, segundo a empresa de pesquisas britânica The Economist Intelligence Unit, o valor pemaneceria bastante abaixo dos US$ 109 registrados em 2013. A Shell, uma das pioneiras da exploração offshore, sabe que em poucas áreas do mundo conseguirá boa rentabilidade com esse patamar de preços.
Em maio deste ano, a exploração nos campos de exploração em Brent, no Mar do Norte, na costa escocesa – área que deu o nome ao petróleo cru mais comercializado do mundo – completará 40 anos. E, numa comemoração às avessas, a terceira das quatro plataformas da região será descontinuada. Os novos campos no local têm, em média, potencial de 20 milhões de barris, em comparação com os 500 milhões dos descobertos no início dos anos 1970. Segundo a University of Aberdeen Business School, com tamanhos tão reduzidos, esses novos campos podem ficar inviáveis comercialmente sempre que a cotação baixar dos US$ 50.DIN1003-SHELL4
A Shell ainda desistiu de encontrar petróleo no Ártico, depois de nove anos e US$ 7 bilhões gastos. A exploração no Norte também esbarrava em críticas de ambientalistas. Outras apostas se mostraram arriscadas. A promessa americana de extração do gás de xisto sofreu um baque, nos últimos anos. Um acordo entre os países produtores de petróleo da Opep para aumentar a produção depreciou a cotação da commodity, colocando em apuros as empresas que buscavam inovar nesse tipo de extração, incluindo a Shell.
Como se não bastasse esses reveses, no Brasil, o CEO anterior da Shell, Peter Voser, desembolsou US$ 2,2 bilhões, apenas em 2012, em projetos de energias alternativas, especialmente em biocombustíveis, que resultaram na criação da Raízen, em sociedade com Rubens Ometto, da Cosan. A aposta na energia limpa, no entanto, sofreu com a política de congelamento de preços da gasolina pela Petrobras, praticada por ordem da então presidente Dilma Rousseff para conter a inflação, o que estrangulou o mercado de etanol. Com poucas alternativas, resta à Shell acreditar que, desta vez, o Brasil lhe dará todo o potencial que promete. Procurada pela reportagem, a Shell não concedeu entrevista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário