Petrobras venderá campos em terra e águas rasas
Batizado como Projeto Topázio, consulta ao mercado prevê a venda de 95 campos e seis blocos em terra e três campos em águas rasas
A Petrobras estuda a venda de 98 campos, sendo 95 em terra e três em águas rasas, e seis blocos exploratórios terrestres em cinco estados. A estratégia, que faz parte do plano de desinvestimento da empresa e foi batizada como Projeto Topázio, deve envolver áreas com 257,3 milhões de boe em reservas 3P (possíveis). Os campos produzem atualmente 35,4 mil b/d de óleo e 1,4 milhão de m3/d de gás natural.
A maior parte dos ativos, 38 campos, está no estado do Rio Grande do Norte. O Espírito Santo, com 30 campos e seis blocos, vem em seguida. Os demais campos estão espalhados pelos estados da Bahia (16), Ceará (2) e Sergipe (12).
Também no Rio Grande do Norte estão os campos de Aratum, Serra e Macau, em águas rasas da Bacia Potiguar, em lâmina d’água de até 5 m. Aratum é o único ativo de produção offshore que produz a partir de uma Unidade Estacionária de Produção, a Plataforma Fixa de Aratum 1, que atualmente está interligada a três poços e produz 185 b/d. Os demais produzem a partir de estações coletoras em terra
A estratégia que está sendo montada pela empresa prevê a venda dos ativos em polos e com a opção de assinatura conjunta de contrato para a compra e venda do petróleo e gás, assim como contrato para a prestação de alguns serviços. Não há prazo para manifestação de interesse e nem para a abertura da concorrência.
No pacote que está sendo testado com o mercado a Petrobras pretende vender 100% de sua participação em todas as áreas. Também serão ofertadas participações em campos operados pela Sonangol, Partex e Petrogal e blocos em parceria com a Cowan.
A venda dos ativos foi muito bem recebida pela indústria. O mercado agora aguarda a definição do tempo que será necessário para que a venda dos campos possa ser concretizada. Há quem acredite que todo o projeto possa levar mais de dois anos.
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